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Programação como ferramenta de transformação

19 de Outubro de 2015

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Mais do que brincar com computadores, linguagem incentiva o pensamento lógico
 
Programação de computador. A expressão, geralmente associada a milhares de linhas de código quase incompreensíveis subindo em velocidade difícil de acompanhar na tela do computador, sempre pareceu uma espécie de língua à parte, um novo idioma, que apenas geeks e hackers com conhecimento avançado conseguiam entender para desenvolver os softwares que usamos nos nossos computadores ou os aplicativos que rodam nos nossos celulares.
 
Pois bem. É hora de deixar para trás este estereótipo do sujeito antissocial, longe da luz do sol, preso no sótão dos pais cercado por dezenas de telas de computador. Que o diga a Giovanna.
 
Giovanna Costa de Freitas, de 13 anos, aprendeu a programar graças a um instituto que cede bolsas em escolas particulares de primeira linha a jovens de baixa renda. E, sozinha, já desenvolveu três aplicativos. O primeiro, Magia da Demi, reúne informações sobre a cantora Demi Lovato - enquanto o segundo agrega dados sobre miastenia grave, doença neuromuscular que o pai dela possui. “Mexo e fuço muito. Gosto de aprender na prática”, disse ela, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.  
 
Para o professor e pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), João Vilhete d'Abreu, programar é uma necessidade crescente na sociedade. Para a revista Educação, ele afirma que este é um tipo de aprendizado que permite que as pessoas sejam não apenas consumidoras de tecnologia, mas também produtoras – e que o aprendizado dessa linguagem ajuda na autonomia na hora de resolver problemas, incentiva o trabalho colaborativo e aumenta a capacidade de pensar de forma sistematizada e criativa.
 
“Programar é uma forma de transferir a sua compreensão para a máquina. O essencial está na pessoa, não na máquina; não há mágicas nem milagres. Essa ponderação tira um possível caráter robotizado do ensino de programação", explica ele.
 
Pensando nisso, a organização sem fins lucrativos Code.org, dedicada a promover e a tornar a ciência da computação disponível ao maior número de escolas possível, criou um evento em escala global chamado A Hora do Código. Trata-se de uma introdução de uma hora à ciência da computação, criada para desmistificar a programação e mostrar que qualquer pessoa pode aprender os fundamentos básicos desta ciência. Não é preciso qualquer conhecimento prévio e tampouco se preocupar com a idade.
 
Oferecendo uma série de tutoriais simples e rápidos, a intenção é levar esta informação também para minorias sociais, empoderando, por exemplo, mulheres e negros para participarem ativamente nesta área.
 
Embora realize uma série de eventos anualmente, entre os dias 5 e 11 de outubro, A Hora do Código é uma plataforma aberta com material para ser usado quando e onde as pessoas bem entenderem, seja individualmente ou em grupo – e que já foi utilizada por mais de 50 milhões de pessoas em 180 países diferentes e em 40 línguas. O projeto conta com o apoio de empresas como a Apple e a Microsoft, sempre seguindo o mantra de Steve Jobs: “Todo mundo neste país deveria aprender a programar um computador. Porque isso ensina a pensar”.
 
"Vejo que a programação pode ser uma grande oportunidade para reduzir a exclusão existente", aposta Flavia Goulart, gerente de inovação da Fundação Lemann, que lançou o Programaê!, movimento pela democratização do ensino de programação no Brasil cujas plataformas gratuitas já têm cerca de 500 mil usuários. "No Reino Unido, o ensino de programação se tornou obrigatório. Não sei se esse é o caminho, mas deve haver uma discussão profunda na sociedade", diz.
 
Juliana Freitag, 36 anos, revela que sofreu um pouco para reprogramar o próprio cérebro. “Foi difícil porque na programação quebramos um problema em vários menores para encontrar soluções, e isso tem que ser organizado na cabeça em uma linguagem totalmente diferente do português e do inglês”, diz. Atualmente trabalhando como professora do Instituto de Computação da Unicamp, em Campinas, participou do projeto chamado Android Smart Girls que ensinou programação a meninas do Ensino Médio.
 
Você acha que é difícil aprender a programar? Dê uma olhada nos links abaixo para ver como este caminho é bem mais simples do que você imagina... Afinal, como disse o presidente Barack Obama, apoiador declarado d’A Hora do Código: “não apenas consuma tecnologia. Crie tecnologia”.
 
Saiba mais:
 
 
 
 
 
 

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