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Design Thinking: o design que dispensa régua e esquadro

16 de Abril de 2015

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Entenda o que significa essa atividade tão importante para a inovação.
 
Quando falamos em designer, a primeira imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas é aquele profissional moderninho, que tem talento para mexer com as imagens, desenhar, juntar as melhores cores. E se a gente disser que existe uma área do design em que não é preciso saber desenhar nem fazer contas para colocar de pé grandes ideias? Estamos falando do design thinking.
 
Essa é uma linha do design que tem suas origens junto à história do próprio design, mas que foi popularizada a partir dos anos 90 por David Kelley e Tim Brown, dois estudiosos que vivem no Vale do Silício (EUA) e que hoje são donos de uma famosa consultoria de inovação chamada IDEO. Nessa linha do design, os materiais artísticos são substituídos pelo material intelectual humano.
 
Um projeto de design thinking é como qualquer projeto de design: ele existe para criar uma nova solução que resolva algum problema existente. Mas, enquanto em outras áreas do design, a solução é quase sempre palpável e esteticamente prática e agradável, no design thinking a solução pode ser bem diferente. Pode ser um produto, sim, mas também pode ser um serviço, um processo, um software, ou até mesmo uma mudança de comportamento.
 
A metodologia do design thinking não é muito rígida, mas costuma seguir as seguintes etapas:
 
Pesquisa: não à toa, essa etapa é também chamada, em inglês, de “empathize”. Isso porque as pesquisas do design thinking são focadas em pessoas. O segredo é se colocar no lugar de quem vivencia a situação que está sendo pesquisada, em um processo muito valioso, de imersão etnográfica.
 
Brainstorm: é aqui que as ideias podem fluir à vontade. Num brainstorm de design thinking, não pode acontecer aquele silêncio tenso muito comum em reuniões de ideias. Sem filtro e sem preocupação, todo mundo fala todas as ideias que venham à cabeça, sempre lembrando que a missão é criar uma mudança que resolva o problema inicial.
 
Seleção de ideias: depois de todo mundo ter dividido suas ideias, da mais simples à mais extravagante, é hora do grupo analisar criticamente uma a uma. Nessa fase, as ideias simples crescem, as extravagantes ficam mais simples e todos os insights vão se transformando em uma só ideia com o poder da mudança.
 
Prototipagem: ideia definida? Legal! Agora é a hora de executar. Nesse momento, podem ser usados papelões, canetinhas e o que mais tiver na frente para montar um modelo que simule a ideia final.
 
Testar: nenhum protótipo existe se não tiver quem o use. A etapa final do design thinking é colocar o protótipo na rua, ou chamar as pessoas e apresentar a novidade para elas. Se o protótipo for bem recebido, sucesso: a ideia tem grandes chances de ser implementada e realizar mudanças concretas na vida de alguém!
 
Claro que mudar é um verbo difícil: exige muita força de vontade de quem muda e de quem faz mudar. Por isso, a dica para os design thinkers de plantão é: quanto mais focado e claro for esse processo listado acima, melhor. Assim, todos os envolvidos na mudança entendem a importância dela - e entram nela juntos, sabendo que toda boa inovação vem acompanhada de riscos. Afinal, design thinking é isso: mais que um campo do conhecimento, ele é uma maneira de encarar as coisas. Em cada passo desse processo, quanto mais empatia, colaboração e experimentação, melhor. Três palavrinhas que, pouco a pouco estão entrando no universo de grandes empresas, inspirando funcionários criativos e ajudando a criar muitos serviços e produtos que afetam nossas vidas.
 
E por que fizemos um post inteiro dedicado ao design thinking? Porque além de ser uma área do conhecimento muito importante no mundo da inovação, ele tem tudo a ver com o que a gente faz aqui, no Cocriando. No design thinking, não existe certo ou errado, não existe NÃO. Inclusive, um dos exercícios mais interessantes usados por design thinkers é proibir o uso dessa palavra durante as reuniões. A sugestão é que se troque o restritivo NÃO por um simpático “SIM, E TAMBÉM…”. Assim, a reunião vira um convite à participação, que, ao contrário de bloquear as ideias, aceita a todas e trabalha em conjunto para que elas melhorem.
 
Agora que você entendeu como funciona o design thinking, pare um minutinho para pensar nas soluções que você encontra para resolver os problemas do seu dia a dia. Se prestar atenção, vai perceber que muitas delas nascem de um processo parecido com o do design thinking. Conta pra gente!
 
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