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Vamos debater a masculinidade na publicidade?

25 de Janeiro de 2017

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Você reparou que o papel do homem contemporâneo anda em discussão? Já parou pra pensar na participação da publicidade nesse movimento? Estamos mergulhando de cabeça nessas questões, em uma Jornada de Cocriação dedicada exclusivamente aos homens da nossa rede. O papo já vem rolando em um grupo para inscritos no Facebook, mas a gente quer abrir o debate pra toda a rede: você acha que a publicidade e a indústria do entretenimento estão acertando no jeito como retratam o homem atual?
 
Por muito tempo a publicidade trabalhou alguns estereótipos masculinos pra ajudar a vender produtos. Quem nunca viu aquele homem forte, viril, que fica com várias mulheres sendo protagonista de uma série de comerciais de cerveja, lâminas de barbear e artigos esportivos? Mas com a ampliação do debate sobre igualdade de gêneros e as transformações nas expectativas sobre os homens na sociedade, as empresas têm sido cobradas a trazer mais diversidade na publicidade. Só parece que não vai ser tarefa fácil encontrar o melhor tom.
 
Na tentativa de valorizar as mulheres, a Bombril gerou polêmica com os dois públicos. Em uma propaganda que foi ao ar em 2015, diversas celebridades femininas faziam piada com os homens, insinuando que eles não ajudariam nos serviços domésticos. Segundo o texto que foi ao ar, enquanto as mulheres são divas, os homens seriam “diva..gar”. Homens se sentiram ofendidos com a brincadeira e denunciaram a campanha, enquanto as feministas questionaram a insinuação de que trabalhos domésticos seriam coisa de mulher. Perdeu essa discussão? Dá uma conferida no vídeo e vê o que você acha. A polêmica demonstra que alcançar o equilíbrio pode ser um desafio para muitas empresas.
 
Uma nova masculinidade na publicidade?
 
Os próprios homens têm se incomodado com alguns caminhos tomados pelas empresas na hora de falar diretamente com eles. Após pesquisas realizadas por dois anos, a Kaiser entendeu que os homens andam reféns de padrões que os afastam da sua masculinidade. Na proposta de reconectar o público com o que considera sua verdadeira identidade, a marca lançou uma série de propagandas em que eles são estimulados a reassumir o protagonismo e o controle das situações. A campanha “Você é o cara, você é Kaiser” agradou uma parte do público, tanto que segue no ar, mas também tem sido criticada por associar a ideia de ser homem à valores antigos, como o de superioridade e por ser sexista. Aqui você consegue assistir os primeiros três vídeos da campanha e acompanhar algumas das críticas nos próprios comentários. Quem será que está com a razão?
 
O assunto segue quente. No ano passado, o Cannes Lions - evento de premiação voltado para publicitários e criativos de todo o mundo - dedicou um de seus painéis só para discutir a masculinidade na publicidade. Segundo a mesa, haveria um gap entre a ideologia masculina tradicional e o que de fato está acontecendo na vida dos homens na atualidade. Os anunciantes perceberam que o público tem buscado uma quebra nos estereótipos sobre o masculino, mas ainda é preciso descobrir o melhor jeito de fazer isso.
 
Várias marcas têm se arriscado: a AXE se destacou com a campanha Find  Your Magic, que aborda a diversidade de tipos masculinos; a Volks fez muito marmanjo chorar ao tratar com sentimento a relação entre pai e filho na campanha de um novo carro; já a marca norueguesa de roupas masculinas Dressmann abandonou os modelos musculosos e famosos para colocar homens comuns em sua publicidade de cuecas, acompanhado da hashtag #JustTheWayYouAre. 
 
O assunto não se restringe à publicidade. Em um TED realizado lá em 2012, o educador Colin Stokes já mandava a real sobre a necessidade de mudança na forma como os homens são retratados por aí, mais especificamente nas telonas do cinema. Na sua fala, Colin explica como ele acha que os filmes em geral não ajudam a preparar os homens para lidar com um mundo em transformação, em que os papeis de cuidar e sustentar a casa, por exemplo, estão se misturando. “Quero menos filmes que digam ao meu filho: ‘vá e lute sozinho’ e mais roteiros onde ele veja que é seu dever participar de um time, às vezes um time liderado por mulheres”. Taí uma coisa pra se pensar, né? Dá pra conferir toda a ideia do Colin clicando aqui
 
E aí? O que você acha sobre o assunto? A publicidade está conseguindo retratar o homem atual? Tem alguma marca que tá mandando bem nesse quesito? E quem tá mandando mal? Coloca sua opinião aí nos comentários!
 

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