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Maker Movement

17 de Novembro de 2015

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Nós já te contamos aqui no blog um pouco sobre as raízes do DIY – “do it yourself” ou, em bom português, “faça você mesmo”. O mais legal disso tudo é que, com o desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos, com a “digitalização” da sociedade, foi ficando cada vez mais fácil fazer as coisas por conta própria. E coisas ainda mais legais, mais estruturadas, mais divertidas, mais desafiadoras e com mais capacidade de mudar o nosso dia a dia.
Começaria a surgir o chamado Maker Movement – ou “Movimento dos Fazedores”.
Alguns especialistas afirmam que o que era uma tendência passou a tomar ares de “movimento” a partir da popularização dos chamados hackerspaces - laboratórios comunitários abertos que reuniam pessoas com interesses em comum, nas áreas de ciência, tecnologia, artes digitais e afins. Ali, sob um ambiente agregador, convergente e inspirador, eles socializavam e colaboravam uns com os projetos dos outros.
O relacionamento entre estes muitos hackerspaces nos EUA e na Europa criaria uma espécie de ecossistema próprio, com um mercado de novos produtos e serviços. E o que era apenas essencialmente digital acabou se tornando a vontade de colocar a mão na massa, moldando metal para fazer robôs, cortando madeira para fazer seus próprios móveis.
No entanto, em especial nos Estados Unidos, um momento é considerado uma espécie de epicentro do surgimento do maker movement: o lançamento, em 2005, da revista Make, criada por Dale Dougherty. Reunindo uma série de assuntos que fazem sentido para este público, a publicação seria responsável pela organização, a partir do ano seguinte, da chamada Maker Faire, uma mistura de show de talentos e feira de ciências, que reúne inventores de todas as áreas do país, do tipo que preferem construir algo do que comprar.
Hoje, o que era apenas uma feira se tornou oito – e as duas maiores, realizadas em São Francisco e em Nova York, reuniram cerca de 215.000 pessoas em 2014.
Um levantamento do jornal USA Today (http://www.usatoday.com/story/money/business/2013/10/14/martha-stewart-column-meet-the-makers/2980701/) afirma que, nos dias de hoje, nos EUA, cerca de 135 milhões de pessoas podem ser consideradas “fazedoras” – que usam suas habilidades criativas para trabalhos manuais, como fazer as próprias roupas, acessórios, comida ou arte. Isso representa 57% da população americana acima dos 18 anos, um segmento que move cerca de US$ 29 bilhões, economicamente falando.
Esta comunidade é formada por uma ampla variedade de interesses e níveis de habilidade, indo de especialistas da indústria aos inventores de garagem. Para alguns é um trabalho em tempo integral, enquanto outros são os fazedores de fim de semana. Alguns se interessam por artesanato, panificação e preservação de ambientes, enquanto outros resolvem que vão trabalhar com eletrônica, solda ou marcenaria. Em comum, existe a vontade de aprender fazendo, em um ambiente social e informal, sempre de maneira divertida.
“Faça. Apenas faça. Esta é a chave”, diz Mark Hatch, CEO da Techshop, em seu livro “The Maker Movement Manifesto” (http://www.techshop.ws/images/0071821139%20Maker%20Movement%20Manifesto%20Sample%20Chapter.pdf). “O mundo é um lugar melhor se for uma atividade na qual todos participam. Nós precisamos fazer, criar e nos expressar para nos sentirmos únicos de verdade”. O tal manifesto dos fazedores que dá título ao livro de Mark se baseia, essencialmente, em 9 diferentes verbos: FAZER, COMPARTILHAR, DAR, APRENDER, EQUIPAR, DIVERTIR, PARTICIPAR, APOIAR e MUDAR.
Sobre este último, MUDAR, o autor ainda ressalva: “abrace a mudança que naturalmente acontece conforme você embarca em sua jornada de fazedor. Desde que fazer é fundamental para o que nos faz humanos, você vai se tornar uma versão mais completa de si mesmo conforme começar a fazer”.
Quando ele diz que ser um fazedor é inerente ao ser humano, significa que não é preciso ser um cientista louco para ser um fazedor. Aliás, qualquer um pode se tornar um fazedor, incluindo a gente... e VOCÊ.
E aí? Já começou a fazer hoje?
 
Saiba mais:
 
Dando uma volta pela Maker Faire 2015

Digital + Madeira: como construir o seu próprio gabinete para um árcade
 

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