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Seja bem-vindo à cidade inteligente

5 de Abril de 2016

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Fim de noite, você decide dar uma corridinha no parque ao lado de casa. No meio do passeio, percebe que uma lâmpada que deveria iluminar a pista de corrida está danificada. Basta um clique no celular para informar a prefeitura sobre a ocorrência e acompanhar os próximos passos para solução do problema. Começou a chover bem na hora de voltar para casa? O semáforo para pedestres vai ficar aberto por mais tempo para evitar que você se molhe muito. Seja bem-vindo à cidade inteligente (Smart City), um lugar onde a tecnologia digital está em toda a parte para facilitar o cotidiano das pessoas.
 
Aplicativos que otimizam a coleta de lixo, medidores online que auxiliam no controle do uso da energia, ferramentas que atuam na organização do trânsito, na construção de casas, no cuidado com praças e parques públicos. Na cidade inteligente a tecnologia é viabilizador para o crescimento econômico sustentável e a melhora da qualidade de vida dos moradores.
 
Várias iniciativas surgem em diferentes cantos do mundo para promover essa ideia. São projetos diversos porque as cidades são diferentes, com desafios próprios, e precisam encontrar soluções que se adequem às suas necessidades. Enquanto alguns locais podem ter sérios problemas com a neve, em outros o trânsito pode ser um ponto bem mais preocupante. Outro aspecto a ser considerado é a integração entre os sistemas. Não basta ser digital. É necessário que não seja uma iniciativa isolada e que o sistema de controle de energia converse com o sistema de cuidado com as praças e parques, por exemplo, sempre com o objetivo de facilitar a vida das pessoas e possibilitar a economia de recursos.
 
Em Hong Kong, considerada uma das cidades mais avançadas dentro do conceito de Smart City, uma proposta que já vem dando muito certo é o Octopus. Qualquer morador pode utilizar o sistema de cartão integrado que permite o pagamento de transporte, estacionamento, lojas, escolas e até mesmo o acesso a prédios e repartições.
 
Já em Barcelona, um dispositivo instalado na linha telefônica das casas de idosos possibilita o chamado imediato de cuidados domésticos sempre que necessário, apenas apertando um botão (http://smartcity.bcn.cat/en/telecare-service.html). A cidade trabalha agora em um projeto que quer monitorar parques e praias por software. Do lado do poder público, seria possível comunicar nos celulares dos visitantes, por exemplo, alterações de maré e riscos de água-viva. Já o usuário poderia relatar problemas tais como bancos quebrados ou lixo na praia e verificar o status dos reparos. 
 
Mesmo iniciativas ainda não integradas às políticas públicas têm potencial para, no futuro, revolucionar o modo de vida nas cidades. Por aqui, alunos de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro construíram a primeira Wikihouse da América Latina, um sistema de construção de código aberto, em que plantas arquitetônicas são disponibilizadas gratuitamente para serem adaptadas possibilitando que, posteriormente, casas inteiras sejam impressas em 3D, em um modelo sustentável e com grande redução no custo de materiais.
 
Toda essa variedade de projetos e a preocupação com o conceito de Smart City tem sua razão de ser, já que, segundo a ONU, 70% da população mundial estará vivendo em grandes centros urbanos até 2050. Neste cenário, dois temas ganham especial relevância: a mobilidade urbana e o controle de uso energético.
 
Distribuição inteligente de energia
Pouco a pouco as redes inteligentes (Smart Grid) chegam aos usuários do Brasil. O sistema substitui o uso dos medidores de energia analógicos por um modelo digital em que a qualidade e consumo são monitorados em tempo real, tanto pelo usuário como pela empresa geradora de energia, que estão conectados em um mesmo sistema via internet.
 
Além de diminuir a perda de energia, esse formato possibilita que o usuário programe o acionamento e desligamento de aparelhos eletrodomésticos como a máquina de lavar, por exemplo, para horários com menos gasto de energia e tarifas mais baixas.
 
Em alguns países onde esse formato está mais evoluído o sistema nem é mais de fornecimento, mas de troca entre usuários e empresas. Casas que contam com sistemas para geração de energia eólica ou energia solar estão vendendo o seu excedente para as empresas fornecedoras de eletricidade. As vantagens de tudo isso está, sem dúvida, na economia e na praticidade para os usuários.
 
O desafio da mobilidade urbana
Um dos principais desafios das grandes cidades é o trânsito de pessoas. Há gente demais se deslocando para os mais variados destinos, das mais diversas formas. Nesse sentido, a cidades têm buscado soluções interessantes.
 
É o caso dos semáforos de Roterdã que tem sensores acoplados para garantir que, em dias de chuva, possa priorizar ainda mais a passagem de ciclistas. Ou aqui mesmo, em Curitiba, onde mais de 100 semáforos estão equipados com sensores para cartões magnéticos que são usados por idosos e portadores de necessidades especiais para lhes dar mais tempo na travessia.
 
Alguns aplicativos também têm auxiliado as cidades que querem se tornar mais inteligentes. Recentemente, o projeto brasileiro Bike Cidadão foi premiado em uma competição online lançada pela FIWARE e Smart City App Hack. A ferramenta permite que os usuários sinalizem problemas de acesso, acidentes, assaltos e outras ocorrências, funcionando quase como um Waze para bicicletas.
 
Já o Mapp4all, também colaborativo, tem como público alvo pessoas com mobilidade reduzida. O objeto é se tornar a Wikipedia da acessibilidade, indicando todos os espaços da cidade, públicos e privados, que são acessíveis às pessoas.
 
As iniciativas não param de surgir em um mundo que exige cada vez mais inteligência no uso de recursos e atenção com a qualidade de vida. E é claro que tudo isso também tem muito a ver com a colaboração, já que a tecnologia presente nas smart cities dá à população a oportunidade de atuar coletivamente na melhoria da vida da comunidade, no cuidado com o espaço público e na preservação de recursos naturais.
 
E você, quer viver numa cidade inteligente? Compartilhe a sua experiência com a gente!
 
Vamos seguir acompanhando e nos inspirando com a evolução desses espaços.  
 
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